No romance K. (2011), Bernardo Kucinski nomeia a ausência de políticas de memória coletiva sobre a ditadura militar brasileira como o “mal de Alzheimer nacional”. As cartas que continuavam a chegar para a irmã/filha após anos de seu desaparecimento eram a materialidade desse corponação doente. Este artigo procura diagnosticar os sintomas e o combate à “doença”, com base na experiência do protagonista na busca pela filha. Quais os alertas e quais as propostas de terapias possíveis apresentadas pela obra? Qual futuro pode ser lido a partir dessas memórias não compartilhadas?