Tendo nascido no limiar do século XX, (1899-1982), e vivido parte de sua vida entre
Portugal, Ãfrica e Brasil, em sua longa e produtiva atividade literária, a autora portuguesa
Maria EmÃlia Archer Eyrolles Baltazar Moreira estabeleceu relações com um tipo de público
diferente do de seus livros – o(a)s leitore(a)s de jornais. Em destaque, não só periódicos
portugueses, como também publicações brasileiras como A Gazeta, O Estado de São Paulo, e
Portugal Democrático. Assim, a presença da escritora Maria Archer na imprensa do seu tempo
pressupõe que nos voltemos para a caracterização da sua produção criativa aÃ. O estudo de sua
contribuição para o alargamento da inserção da mulher como autora nas páginas impressas, nos
paÃses que se comunicam através da LÃngua Portuguesa levará ao entendimento da forma como
a escritora, a partir do exÃlio se adapta à realidade cultural portuguesa e brasileira. Em boa
medida, para a realização desta pesquisa, nos baseamos nos documentos que fornecem um
testemunho da gênese da obra e vida da autora portuguesa, em sua produção criativa, nas
entrevistas, em microfilmes de sua contribuição jornalÃstica, em depoimentos de quem
conviveu com a escritora na situação da diáspora em idioma fraterno.