A natureza do mecanicismo cartesiano

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ISSN: 2175-1811
Editor Chefe: Amaro de Oliveira Fleck
Início Publicação: 30/06/2009
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Filosofia

A natureza do mecanicismo cartesiano

Ano: 2010 | Volume: 2 | Número: 2
Autores: César Augusto Battisti
Autor Correspondente: César Augusto Battisti | peri.filosofia@gmail.com

Palavras-chave: mecanicismo, Descartes, antifinalismo, causa eficiente, fisiologia cartesiana, física cartesiana.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O texto examina as características centrais do mecanicismo moderno a partir de seu
principal representante, René Descartes. Ele começa apresentando cinco elementos a
partir dos quais esse movimento intelectual do século XVII pode ser compreendido
adequadamente (a redução das entidades e dos processos naturais a elementos simples e
a suas combinações; a utilização da máquina como modelo explicativo; a introdução da
matemática na estrutura da explicação científica; a distinção entre mundo humanovolitivo e mundo natural-determinista; a redução da causalidade à causalidade eficiente
e a negação da teleologia). Em seguida, depois de examinar o antifinalismo de
Descartes, ele analise: 1) os fundamentos filosóficos do mecanicismo cartesiano
(especialmente a emergência do mundo sensitivo, cuja má compreensão acarreta o
antropomorfismo e a atribuição de propriedades qualitativas à matéria); 2) o
mecanicismo do ponto de vista fisiológico (cujo resultado principal é a demonstração da
subjetividade das qualidades secundárias em contraposição à objetividade das
primárias); e, 3) o mecanicismo do ponto de vista físico (cujas principais consequências
são a dessemelhança entre os objetos externos e as nossas sensações, e a explicação dos
fenômenos físicos por um número reduzido de propriedades quantitativas da matéria).