A neuroeducação é um campo interdisciplinar que une a neurociência, a psicologia e a educação para aprimorar as práticas pedagógicas por meio da compreensão do funcionamento cerebral. O conceito central é a neuroplasticidade, a capacidade do cérebro de se reorganizar em resposta a estímulos e experiências, fundamentando a ideia de que a aprendizagem ocorre ao longo de toda a vida. A neuroeducação promove uma mudança de paradigma para o educador, que se torna um mediador e facilitador da aprendizagem, abandonando o papel de transmissor de conteúdo. Para isso, a formação docente é essencial, capacitando os professores a aplicarem princípios científicos e a evitar equívocos como os “neuromitos”. As aplicações práticas incluem metodologias ativas, como a gamificação e o aprendizado baseado em projetos, que tornam o aluno protagonista de seu próprio conhecimento. A tecnologia atua como uma parceira crucial, tornando o ensino mais dinâmico e personalizado. Além disso, a ressalta-se, na neuroeducação, a importância de fatores biológicos, como sono, nutrição e exercícios físicos, para a aprendizagem eficaz. Em última análise, a colaboração entre neurocientistas e educadores e a aplicação de estratégias adaptadas a cada indivíduo são fundamentais para promover uma educação inclusiva, atendendo a alunos com TEA, dislexia e discalculia.