A noção de passado da arte e a espiritualidade do fazer artístico em Hegel

Kairós

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ISSN: 2357-9420/1807-5096
Editor Chefe: Dr. Renato Moreira de Abrantes
Início Publicação: 20/01/2004
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Antropologia, Área de Estudo: Ciência política, Área de Estudo: Educação, Área de Estudo: Filosofia, Área de Estudo: Psicologia, Área de Estudo: Sociologia, Área de Estudo: Teologia, Área de Estudo: Linguística, Letras e Artes, Área de Estudo: Multidisciplinar, Área de Estudo: Multidisciplinar

A noção de passado da arte e a espiritualidade do fazer artístico em Hegel

Ano: 2023 | Volume: 19 | Número: 2
Autores: H. Lott
Autor Correspondente: H. Lott | henlott@yahoo.com.br

Palavras-chave: Passado da arte, arte simbólica, arte clássica, arte romântica, morte da arte.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este texto procura analisar a compreensão de “passado da arte” na estética de Hegel, tomando como base os principais aspectos que esta estética identifica ao longo da história da arte e suas manifestações diversas no âmbito das produções artísticas. Inicialmente, apresenta uma contextualização acerca das compreensões hegelianas sobre o sistema geral das artes e suas três etapas distintas que, por sua vez, registram momentos diferenciados da manifestação do Espírito Absoluto. Num segundo momento, a abordagem se volta especificamente para o que o filósofo alemão define como arte simbólica em seu processo de intuição sensível, que é fortemente marcado por uma tentativa de expressar de forma visível o que seria a essência de um fundamento espiritual invisível. O terceiro momento da análise proposta tem como enfoque a arte clássica que, segundo Hegel, atinge um amadurecimento significativo e um avanço promissor em relação à arte simbólica, na medida em que consegue reunir matéria e forma em uma condição que estaria mais próxima da verdade divina. Em seguida, o texto procura examinar a arte romântica, que marca o momento de consumação da história da arte ao atingir o ápice da subjetividade espiritual, intensificando, assim, uma relação de modo mais direto com o Espírito. Por fim, à guisa de conclusão, analisa-se o processo histórico da arte sopesando os aspectos mais relevantes da concepção hegeliana sobre a morte da arte, quando o filósofo procura mostrar que a arte se transforma em filosofia e, por este motivo, acaba perdendo sua essência e seu sentido de ser.



Resumo Inglês:

This text aims to analyze the understanding of the "past of art" in Hegel's aesthetics, based on the main aspects this aesthetics identifies throughout the history of art and its diverse manifestations in the realm of artistic productions. Initially, we give a contextualization by Hegel's conception of the general system of the arts and their three distinct stages, each of them witnessing to differentiated moments of the Absolute Spirit's manifestation. In a second moment, the approach moves specifically onto what the German philosopher defines as symbolic art, with its process of sensory intuition, which is strongly marked by an attempt to visibly express the essence of an invisible spiritual foundation. The third moment of the proposed analysis has its focus on classical art, which according to Hegel, achieves significant maturation and promising advancement as compared to symbolic art, since it manages to bring together matter and form in a condition that is closer to divine truth. Next, this work looks to examine romantic art, which marks the culmination of art's history as it attains the very peak of spiritual subjectivity, intensifying a more direct relationship with the Spirit. Finally, as a conclusion, the historical process of art is analyzed by weighing the most relevant aspects of Hegel's conception of the death of art, where the philosopher seeks to demonstrate that art transforms into philosophy and, for this reason, ultimately loses its essence and its very sense of being.