O Maracatu de Baque Solto é uma manifestação da cultura popular pernambucana. Em suas apresentações carnavalescas se observam circularidades entre cultura popular e religiosidades marcadas por polivalências religiosas que entrelaçam rituais da Jurema, da Umbanda, do catolicismo popular e de elementos orientais e esotéricos. Na contemporaneidade muitos grupos resistem nesse envolvimento espiritual, ao atribuírem o sucesso da “brincadeira” aos rituais religiosos de preparação para saída ao carnaval e a outros festejos. Estes ritos são permeados de símbolos e significados característicos do campo religioso brasileiro. O presente trabalho empírico é resultado de atividades etnográficas realizadas na ocasião da pesquisa de mestrado (SENA, 2012). Ao longo desse tempo me debrucei sobre o campo híbrido do Maracatu Cruzeiro do Forte. Meu objetivo nestas breves notas etnográficas é descrever minhas observações e participações no grupo supracitado, refletindo sobre os hibridismos e circularidades entre culturas populares e religiosidades que se movimentam no seio da agremiação, tendo como informante Dona Neta, brincante e liderança religiosa do grupo.
The Baque Solto Maracatu is a manifestation of the popular culture of Pernambuco. In their carnival presentations are observed roundness between popular culture and religiosity marked by religious polyvalences intertwining rituals of Jurema, Umbanda, popular catholicism and eastern and esoteric elements. In contemporary times many groups resist this spiritual involvement when they award the success of 'play' the religious rituals of preparation for departure to the carnival and other festivities. These rites are permeated with characteristic symbols and meanings of the Brazilian religious field. This empirical work is the result of ethnographic activities at the time of master's research (Siena, 2012). Throughout this time leaned on the hybrid field of Maracatu Cruzeiro do Forte. My goal in these brief ethnographic notes to describe my observations and participation in the above group, reflecting on the hybrids and roundness between popular culture and religiousness moving within the college, having as informant Dona Neta, gibbering and religious leadership of the group.