As novas formas do falso: entretenimento, desinformação e política nas redes digitais

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ISSN: 1807-8583
Editor Chefe: Thais Helena Furtado
Início Publicação: 01/01/1997
Periodicidade: Mensal
Área de Estudo: Comunicação

As novas formas do falso: entretenimento, desinformação e política nas redes digitais

Ano: 2021 | Volume: 0 | Número: 52
Autores: Marcio Serelle, Rosana de Lima Soares
Autor Correspondente: Marcio Serelle | marcio.serelle@gmail.com

Palavras-chave: Comunicação, Política, Entretenimento, Informação falsa, Jornalismo

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

A partir das formas culturais (memes, gifs, áudios, vídeos, entre outros) que circularam nas redes digitais durante as eleições brasileiras de 2018, este ensaio investiga a articulação entre entretenimento e informação no embate político, em que se disseminaram informações falsas por meio de discursos que oscilaram da ludicidade à violência. A hipótese é a de que essas formas, emergentes de um substrato cultural constituído historicamente por hibridações, acabaram por se justapor ou mesmo sobrepor àquelas do jornalismo de referência no cotidiano dos eleitores. A comunicação dessas formas, por meio de estruturas profissionais, opera com narrativas de intensidade emotiva para grupos segmentados. Como na lógica do entretenimento, instaurou-se, nesse debate político, um mundo à parte, em que a vinculação com a realidade imediata se tornou irrelevante.



Resumo Inglês:

By analyzing some cultural forms (memes, gifs, audios, videos, among others) that circulated in the digital networks during the Brazilian 2018 elections, this essay investigates how entertainment and information were articulated in the political discussion, and false information was disseminated through discourses that ranged from playfulness to violence. The hypothesis is that these forms, emerging from a cultural substratum historically constituted by process of hybridization, have ended up juxtaposing or even overlapping, in everyday life, those of mainstream journalism. The communication of these forms, by the means of professional structures, operated with narratives of emotional intensity for segmented groups. As in the logic of entertainment, a world apart was created, in w