Este tÃtulo é propositalmente uma provação, pois há vários trabalhos que, implÃcita ou explicitamente, abandonam o conceito de classe na análise dos movimentos ou os identifica com a noção de classes populares que, embora operacional para fins descritivos, é insuficiente como definição teórica. Cite-se, para efeito de exemplo e argumento, as contribuições já clássicas de Cardoso (1983), Evers (1984), Doimo (1995) e Kowarick (1987). Dos quatro trabalhos acima citados, o de Kowarick tem a particularidade de se propor a fazer um balanço da literatura, resultado a que chega com êxito; os demais pretendem uma análise dos próprios movimentos na qual o conceito de classe é substituÃdo por outro como principal variável explicativa.