O cotidiano escolar do Curso Bilingue de Pedagogia do Instituto Nacional de Educação de Surdos -INES: um olhar avaliativo

Revista Espaço

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Telefone: (21) 2285-7546
ISSN: 25256203
Editor Chefe: Wilma Favorito
Início Publicação: 31/12/1989
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Educação, Área de Estudo: Letras, Área de Estudo: Linguística, Área de Estudo: Multidisciplinar

O cotidiano escolar do Curso Bilingue de Pedagogia do Instituto Nacional de Educação de Surdos -INES: um olhar avaliativo

Ano: 2012 | Volume: Especial | Número: 37
Autores: Armando Guimarães Nembri
Autor Correspondente: A.G.Nembri | diesp@ines.gov.br

Palavras-chave: surdos. ouvintes. língua brasileira de sinais -LIBRAS. intérpretes. bilinguismo.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este estudo partiu da necessidade de se conhecer o cotidiano escolar ~o Curso Bilíngue de Pedagogia, que começou a funcionar em março de 2007, na instituição referência nacional no campo da surdez, o Instituto Na-cional de Educação de Surdos (INES). Tal necessidade de imersão e, por conseguinte, de avaliação, se deu por conta da abordagem do Curso, cujo caráter inédito no Brasil e na América Latina, considerou, como Língua de Instrução, a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS), a língua da comunidade surda, bem como considerou, como Disciplina Obrigatória de sua grade curricular, a Língua Portuguesa, a língua da sociedade majoritária brasilei-ra. Considera-se inédito, inclusive, o processo da avaliação, haja vista que o mesmo foi realizado por um avaliador surdo profundo de nascença, portador da Síndrome Espaço, Rio de Janeiro. n.37, jan./jun. 2012 de Goldenhar. O objetivo do estudo foi avaliar até que ponto a Libras é o instrumento mediador da abordagem bilíngue proposta pelas diretrizes do primeiro Curso Superior Bilíngue para estudantes ouvintes e surdos. As observações demandaram um semestre. Foram consta-tadas fragilidades e notadas oportunidades em função do pioneirismo da proposta que tornou realidade um antigo pleito da comunidade surda, um Curso Superior cuja língua de instrução fosse a sua Ll. Neste estudo, foi possível verificar que, apesar do ineditismo da proposta, a abordagem bilíngue ainda não foi completa e efetivamente contemplada, em função da não utilização plena da Língua de Sinais no cotidiano escolar. A partir dos resultados, recomenda-se a continuidade do Curso, apesar das fragilidades detectadas.