Este trabalho analisou como estão sendo construídas redes de empreendedores baseadas no (des)capital social em um aglomerado de confecções no nordeste brasileiro. O estudo de abordagem qualitativa e estratégia de estudo de caso foi realizado em micro e pequenas empresas. Como resultados das análises, identifica-se o fenômeno do empreendedorismo como vigoroso, mas prevalece a lógica competitiva em detrimento da cooperação e do coletivo, não tendo se observado manifestações significativas de capital social, este compreendido como a capacidade de uma sociedade de estabelecer laços de confiança interpessoal e redes de cooperação com vistas à produção de bens coletivos. O capital social e o empreendedorismo manifestam-se como um modelo patchwork, tecido feito com a união de retalhos de tamanhos, texturas e cores diferentes, mas que formam um todo harmônico, no qual os pequenos pedaços de pano (núcleos familiares) ainda não são costurados pelo capital social. Característica do empreendedorismo, a criação de empresas por spin-off também foi evidenciada, apesar dos contrastes teóricos com seus contextos de alavancagem, o que sinaliza para um modelo organizacional pós-fordista, como a especialização flexível, que ainda carece de evidências empíricas, tanto para corroborar a teoria como para acrescentar dados novos.