Frequentemente, em um contexto sul-sul ou de cooperação triangular, países que não pertencem à OCDE, como o Brasil,estão adotando um papel proeminente de provedores de auxílio, voltando-se, inclusive, para os chamados Estados frágeis.Os recentes esforços brasileiros para a promoção de desenvolvimento em outros países baseiam-se, fundamentalmente,em princípios de solidariedade, afinidades culturais e em uma experiência comum como país recipiente de ajuda. Asagências públicas e não governamentais brasileiras estão cada vez mais envolvidas na exportação e adaptação detecnologias sociais domésticas para Estados frágeis e também estáveis, incluindo Angola, Guatemala, Guiné-Bissau,Haiti, Moçambique, Suriname e Timor-Leste. Inevitavelmente guiada por prioridades geopolíticas, a ajuda brasileiraparece motivada no mínimo igualmente pelas necessidades encontradas em Dili, Maputo e Porto Príncipe e pelasprioridades genéricas estabelecidas em Paris, Washington e Brasília. Este texto analisa o fenômeno emergente do EfeitoSul e algumas de suas implicações para o engajamento em Estados frágeis no século XXI.