Este artigo estudou a alfabetização cartográfica nos anos iniciais do ensino fundamental, a partir da análise de como a criança consegue se localizar utilizando o próprio corpo como referencial. Os conhecimentos cartográficos auxiliam a criança na liberação do egocentrismo e a identificar a posição dos objetos a partir de relações estabelecidas entre eles. Analisou-se ainda a cartografia enquanto conteúdo essencial para a compreensão das relações entre espaço e tempo e de como isso o auxilia a atender às necessidades de seu cotidiano e a interagir com o ambiente em que vive. Para a criança tornar-se um leitor proficiente de mapas, a aprendizagem deve ser feita a partir da representação de espaços vividos e próximos, para depois ampliar-se para símbolos e representações mais complexas. Alunos que são incentivados desde pequenos a desenhar, desenvolvem mais facilmente as noções de referência e orientação espacial, requisitos fundamentais para o entendimento de mapas. Foi abordado o papel do professor para estabelecer aproximações entre os mapas propriamente ditos e os desenhos que as crianças fazem trabalho fundamental para que esse processo aconteça, pois do desenho ao mapa existe uma infinidade de possibilidades de o professor fazer essa mediação. Foram utilizados como referências bibliográficas os pressupostos da teoria piagetiana e autores como: Almeida e Passini (2008), Simielli (2007), entre outros. Pretendeu-se refletir como inserir os mapas no universo cultural dos alunos como esses são feitos, sua representação do espaço e no mundo globalizado.
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