O presente artigo tem como objetivo analisar, de forma aprofundada e crítica, os impactos do uso excessivo de telas como smartphones, tablets, computadores, televisores e videogames no processo de desenvolvimento cognitivo, emocional, social e acadêmico de crianças em idade escolar. No atual contexto da sociedade contemporânea, marcada pela hiperconectividade, pela digitalização das interações e pela intensa presença de dispositivos tecnológicos no cotidiano infantil, torna-se cada vez mais evidente a necessidade de compreender as consequências pedagógicas, psicológicas e sociais que esse fenômeno tem acarretado. A partir de uma abordagem teórica, qualitativa e exploratória, fundamentada em uma rigorosa revisão bibliográfica de autores nacionais e internacionais, o artigo discute como o uso exacerbado de telas impacta negativamente funções cognitivas como memória, atenção, concentração, raciocínio lógico, desenvolvimento da linguagem, além de gerar efeitos deletérios sobre aspectos emocionais, sociais e físicos, como aumento da ansiedade, isolamento social, sedentarismo e dificuldades nas interações presenciais. Ao mesmo tempo, o estudo reflete sobre o papel da escola, dos docentes, das famílias e da sociedade na mediação do uso consciente e crítico das tecnologias, propondo estratégias pedagógicas que conciliem o uso equilibrado dos recursos digitais com práticas educativas saudáveis, interativas, presenciais e humanizadoras. Por fim, o trabalho defende que é fundamental repensar as práticas pedagógicas, os modelos educativos e as relações sociais no ambiente escolar, para garantir que a tecnologia seja uma aliada, e não um obstáculo, na promoção do desenvolvimento integral das crianças.
