Neste artigo, os autores analisam o impacto que a inteligência artificial tem tido no setor de seguros, não se limitando a comentar os benefícios óbvios que ela trouxe a este setor, mas principalmente realizando uma análise preliminar de seus limites e possíveis repercussões negativas, preocupações que se refletem nas atuais tentativas de regular a IA a nível da União Europeia. Da mesma forma, na ausência de regulamentação específica em relação aos possíveis usos ilegais ou antiéticos da inteligência artificial em seguros, sugere-se que o princípio da máxima boa-fé pode ser a luz orientadora na defesa do segurado e na elaboração de uma possível regulamentação equilibrada.
In this paper, the authors take a look at the impact that artificial intelligence has had on the insurance industry, not limiting themselves to commenting on the obvious benefits that it has brought to this sector, but mainly carrying out a preliminary analysis of its limits and possible negative repercussions, concerns that are reflected in the current attempts to regulate Artificial Intelligence at European Union level. Likewise, in the absence of specific regulation in relation to the possible illegal or unethical uses of artificial intelligence in insurance, it is suggested that the principle of uber-good faith can be the guiding light in the defence of the insured and in the elaboration of a possible balanced regulation.