O holismo no treinamento dos profissionais de saúde para o atendimento ao público LGBTQ+

Revista Brasileira de Estudos da Homocultura (REBEH)

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ISSN: 2595-3206
Editor Chefe: Bruna Andrade Irineu
Início Publicação: 01/01/2018
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Multidisciplinar

O holismo no treinamento dos profissionais de saúde para o atendimento ao público LGBTQ+

Ano: 2019 | Volume: 2 | Número: 2
Autores: Willian Roger Dullius, Larra Barros Martins, Lynn McCleary
Autor Correspondente: Willian Roger Dullius | revistadaabeh@gmail.com

Palavras-chave: holismo, treinamento, profissionais de saúde, LGBTQ+

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O diálogo sobre sexualidade passou a ser adjeto da negatividade no século XVIII, sucedendo o predomínio na perspectiva da heterossexualidade e na configuração familiar do casal (homem e mulher), mais os filhos decorrentes dessa união. Todas as demais diversidades eram negligenciadas ou consideradas proibidas na percepção cultural da época. Falar sobre a sexualidade era considerado pecado e todos os assuntos que envolvessem esse tema deveriam ser banidos do discurso do cotidiano (KELLY, 2013). Ainda, em pleno século XXI, vivenciamos esta cultura da heteronormatividade, principalmente, em cidades menores; deste modo, pessoas não heterossexuais são consideradas “inferiores” aos outros e vivenciam discriminação diária; a heterossexualidade, muitas vezes, ainda, é vista como um padrão para avaliar as outras sexualidades, em como, uma hierarquia das sexualidades – heterossexualidade ocuparia uma posição superior, aspectos descritores de heterossexismo (BORRILLO, 2010). A discriminação se estende aos ambientes de atendimento na área da saúde, nos quais verifica-se que os próprios profissionais de saúde, infelizmente, ainda cultivam o padrão da heteronormatividade em seu trabalho cotidiano, afetando drasticamente o processo de saúde-doença-cuidado de pessoas não heteronormativas.



Resumo Inglês:

The dialogue on sexuality became an adjective of negativity in the 18th century, with a predominance from the perspective of heterosexuality and in the family configuration of the couple (man and woman), plus the children resulting from this union. All other diversities were either neglected or considered prohibited in the cultural perception of the time. Talking about sexuality was considered a sin and all matters involving this theme should be banned from everyday discourse (KELLY, 2013). Still, in the middle of the 21st century, we experience this culture of heteronormativity, mainly in smaller cities; thus, non-heterosexual people are considered “inferior” to others and experience daily discrimination; heterosexuality is still often seen as a standard for evaluating other sexualities, in which a hierarchy of sexualities - heterosexuality would occupy a superior position, describing aspects of heterosexism (BORRILLO, 2010). Discrimination extends to healthcare environments, in which it appears that health professionals themselves, unfortunately, still cultivate the pattern of heteronormativity in their daily work, drastically affecting the health-disease-care process of people non-heteronormative.



Resumo Espanhol:

El diálogo sobre sexualidad se convirtió en un adjetivo de negatividad en el siglo XVIII, con un predominio desde la perspectiva de la heterosexualidad y en la configuración familiar de la pareja (hombre y mujer), más los hijos resultantes de esta unión. Todas las demás diversidades fueron descuidadas o consideradas prohibidas en la percepción cultural de la época. Hablar de sexualidad se consideraba un pecado y todos los asuntos relacionados con este tema deberían prohibirse en el discurso cotidiano (KELLY, 2013). Aún así, a mediados del siglo XXI, experimentamos esta cultura de heteronormatividad, principalmente en ciudades más pequeñas; así, las personas no heterosexuales son consideradas "inferiores" a los demás y sufren discriminación diaria; La heterosexualidad todavía se ve a menudo como un estándar para evaluar otras sexualidades, en la cual una jerarquía de sexualidades - heterosexualidad ocuparía una posición superior, describiendo aspectos del heterosexismo (BORRILLO, 2010). La discriminación se extiende a los entornos de atención médica, en los que parece que los mismos profesionales de la salud, lamentablemente, aún cultivan el patrón de heteronormatividad en su trabajo diario, lo que afecta drásticamente el proceso de atención de la salud y la enfermedad de las personas. no heteronormativo.