Ao se constituÃrem como nações independentes, os paÃses americanos tiveram, necessariamente, que levar
em conta a presença dos povos indÃgenas que já habitavam seus territórios. Tomando como casos exemplares o Brasil e a Argentina, com seus grandes contrastes e suas convergências, o artigo analisa as maneiras como “o Ãndio†serviu para pensar ambas as nações. O primeiro transformou-o em sÃmbolo de
nacionalidade, incluindo-o na trÃade mestra com posta por europeus, negros e Ãndios. A segunda montou-
se a partir da negação dos Ãndios, vistos como protótipos da barbárie a ser combatida pelas armas e pela invisibilidade. Ironicamente, o trataÂmento “humanista†que o Brasil disÂpensou aos seus indÃgenas, pela via da “pacificação†e da proteção de suas terras, resultou em que, atualmente, sua população indÃgena reduz-se a cerca de metade da população indÃgena argentina, apesar de tentativas de erradicação como foi a “Conquista do Desertoâ€.