Nos últimos anos, a historiografia brasileira vem ganhando cada vez mais densidade no que se refere à construção de uma nova forma de entender às relações étnico-raciais e o protagonismo negro na desconstrução do mito da democracia racial. Sabemos que esse imaginário social que ausentou os conflitos raciais gerou problemáticas intensas não apenas na esfera epistêmica como ainda, na compreensão da nacionalidade. Este texto refletiu sobre a atuação do folclorista Édison de Souza Carneiro quando agiu em defesa da inclusão da cultura negra no projeto de uma identidade nacional. Ao tomarmos o seu legado como objeto a intenção foi mostrar que este pesquisador esteve à frente de uma da luta contra a discriminação racial e integração dessas práticas na brasilidade.
In recent years, Brazilian historiography has been gaining more and more density with regard to the construction of a new way of understanding ethnic-racial relations and black leadership in the deconstruction of the myth of racial democracy. We know that this social imaginary that excluded racial conflicts generated intense problems not only in the epistemic sphere but also in the understanding of nationality. This text reflected on the performance of folklorist Édison de Souza Carneiro when he acted in defense of the inclusion of black culture in the project of a national identity. By taking his legacy as an object, the intention was to show this researcher was at the forefront of one of the fight against racial discrimination and the integration of these practices into Brazilianness.