No presente século, o turismo tem-se apesentado como uma das mais pujantes atividades econômicas a nível global. Neste contexto, este artigo observa o fenômeno da globalização turística à luz do pensamento geográfico de Milton Santos. Explica a globalização da atividade turística sob o prisma empresarial, das desigualdades geográficas estabelecidas, do efeito de dependência, das heterogeneidades dos impactes socioespaciais, do controle dos fluxos turísticos e das estratégias de contra poder dos países periféricos. Metodologicamente faz uso da revisão bibliográfica das obras de Milton Santos e de seus discípulos como Maria Laura Silveira, suportando suas compreensões com dados estatísticos de organizações como a Organização Mundial do Turismo, World Travel & Tourism Council, Associação Nacional Aviação Civil, entre outras. Constata que a globalização turística se faz nas asas das empresas transnacionais, empresas essas oriundas dos países centrais e que possuem o domínio do capital tecnológico, fomentando assim as desigualdades entre países e reforçando o clássico efeito de dependência. Conclui que, para se libertarem das amarras mercadológicas centrais, os países periféricos devem desenvolver estratégias de desenvolvimento turístico assentes em perspectivas endógenas, locais e regionais, rejeitand
In the present century, tourism has appeared as one of the most powerful economic activities at a global level. In this context, this article observes the phenomenon of tourist globalization in light of Milton Santos' geographical thought. Explains the globalization of tourism from the business point of view, the established geographical inequalities, the dependency effect, the heterogeneity of socio-spatial impacts, the control of tourism flows and the peripheral countries countervailing strategies. Methodologically it makes use of the Milton Santos works’ literature review and his disciples such as Maria Laura Silveira, supporting their understandings with statistical data from organizations such as the World Tourism Organization, World Travel & Tourism Council, ANAC, among others. It notes that tourism globalization takes place on the transnational corporations wings, which come from central countries and have the mastery of technological capital, fostering inequalities between countries and reinforcing the classic effect of dependency. It concludes that in order to break free from the central marketing moorings, peripheral countries must develop tourism development strategies based on endogenous, local and regional perspectives, rejecting the mimicry of models imposed by international hegemonic agentes.