O presente texto tem como objetivo apresentar pontos de intersecção entre o pensamento de Ernesto Laclau e Jacques Rancière acerca do povo como categoria política. A partir das principais referências sobre povo e populismo no pensamento dos autores busca-se identificar pontos de aproximação e distanciamento entre as formas conceituais que vinculam o povo como um efeito da articulação de elementos heterogêneos na emergência da própria política. Conclui-se que dois elementos de intersecção podem implementar o diálogo crítico entre os pensadores de forma a ressignificar historicamente a figura do povo como sujeito político contemporâneo.