O que mudou na incidência da sífilis no estado do Rio de Janeiro de 2009 a 2019

Revista de Saúde

Endereço:
Av. Exp. Oswaldo de Almeida Ramos, 280 - Centro - Bloco 3 - 2ª andar - Centro
Vassouras / RJ
27700-000
Site: http://editora.universidadedevassouras.edu.br
Telefone: (24) 2471-8372
ISSN: 21792739
Editor Chefe: Paloma Mendonça
Início Publicação: 30/06/2010
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Ciências da Saúde

O que mudou na incidência da sífilis no estado do Rio de Janeiro de 2009 a 2019

Ano: 2021 | Volume: 12 | Número: 1
Autores: Adorno, I.A.; Queiroz, B.G.; Lara, T.M.; Ferreira, R.D.; Braga, A.C.B.P.; Salim, T.R.
Autor Correspondente: Adorno, I.A | iara.enf@hotmail.com

Palavras-chave: Sífilis; Sífilis Congênita; Sífilis Latente; Epidemiologia.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

A sífilis é uma doença infectocontagiosa crônica e sistêmica que possui prevenção, diagnóstico e tratamento fácil, rápido e eficaz, mas que, atualmente, vem apresentando elevada taxa de detecção, caracterizando um grave problema de Saúde Pública nacional e global. Este estudo objetiva descrever como a sífilis vem sendo notificada no estado do Rio de Janeiro. Trata-se de um estudo ecológico e descritivo sobre a incidência e distribuição regional da sífilis adquirida, gestacional e congênita no estado do Rio de Janeiro nos anos de 2009 a junho de 2019. Utilizou-se bancos de dados oficiais do SINAN, SINASC, IBGE e da Secretaria de Saúde do Estado do Rio de Janeiro, onde os dados coletados foram caracterizados de acordo com variáveis biológicas, sociais e geográficas. Foram notificados, respectivamente, 55.991, 45.783 e 30.232 casos de sífilis adquirida, gestacional e congênita. Houve predomínio de gestantes entre 20 e 29 anos, pardas, com ensino fundamental incompleto e provenientes da região Metropolitana I. A sífilis gestacional foi mais diagnosticada no primeiro trimestre gestacional, predominando a subclasse latente. Já a congênita apresentou maior incidência em menores de 27 dias, subclasse congênita recente. O momento do diagnóstico materno para sífilis congênita ocorreu principalmente durante o pré-natal. Pôde-se identificar números consideravelmente altos e alarmantes, bem como a incompletude de informações nos bancos de dados. Deste modo, observou-se a necessidade do desenvolvimento e aprimoramento de estratégias de saúde a assistência materno-infantil mais resolutivas visando o controle da sua transmissão, melhoria do diagnóstico e tratamento e a minimização de suas repercussões.



Resumo Inglês:

Syphilis is a chronic and systemic infectious disease that has easy, fast and effective prevention, diagnosis and treatment, but which currently has high detection rate, characterizing a serious national and global Public Health problem. This study aims describe how syphilis has been reported in State of Rio de Janeiro. This is an ecological and descriptive study on the incidence and regional distribution of acquired, gestational and congenital syphilis in State of Rio de Janeiro from 2009 to june 2019. Official SINAN, SINASC, IBGE and the Health Department of the State of Rio de Janeiro databases were used, where the data collected were characterized according to biological, social and geographical variables. 55,991, 45,783 and 20,232 cases of acquired, gestational and congenital syphilis were reported, respectively. There was a predominance of pregnant women between 20 and 29 years old, mixed race, with incomplete elementary education and coming from the Metropolitan I region. Gestational syphilis was more diagnosed in the first gestational trimester, with a predominance of the latent subclass. Congenital, on the other hand, had a higher incidence in children younger than 27 days, a recent congenital subclass. The moment of maternal diagnosis for congenital syphilis occurred mainly during prenatal care. One can identify considerably high and alarming numbers, as well as the incompleteness of information in the databases. Thus, there was a need for the development and improvement of health strategies for more effective maternal and child care aimed at controlling their transmission, improving diagnosis and treatment and minimizing their repercussions.