O racismo ignorado em Coração das Trevas

Aurora (UNESP. Marília)

Endereço:
Av. Hygino Muzzi Filho, 737 Bairro: Mirante CEP: 17.525-000 - Marília, SP - Mirante
Marília / SP
17525-000
Site: https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/aurora/index
Telefone: (14) 3402-1300
ISSN: 1982-8004
Editor Chefe: Agnaldo dos Santos
Início Publicação: 30/11/2007
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Antropologia, Área de Estudo: Ciência política, Área de Estudo: Educação, Área de Estudo: Filosofia, Área de Estudo: História, Área de Estudo: Sociologia, Área de Estudo: Multidisciplinar

O racismo ignorado em Coração das Trevas

Ano: 2021 | Volume: 14 | Número: Especial
Autores: Rubens Arley de Almeida Junior
Autor Correspondente: Rubens Arley de Almeida Junior | arley.almeida@unesp.br

Palavras-chave: Racismo. Literatura clássica. Estética sociológica.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

 É comum apresentar a obra Coração das Trevas de Joseph Conrad como uma crítica ao imperialismo europeu do século XIX, e não surpreendentemente como uma metáfora para a descoberta do “outro”. No entanto, é mais comum ainda esquecer-se dos aspectos racistas e eurocêntricos trabalhados na estética e na estrutura narrativa de Conrad. Desse modo, a obra é simplificada diante desse pretencioso “esquecimento”. O objetivo desse artigo é questionar a posição do livro enquanto romance e cânone literário, além de expor e desdobrar as contradições entre uma suposta crítica ao capitalismo e a verdadeira denúncia feita pelo grito de “O horror! O horror”.



Resumo Inglês:

 It is common to present Joseph Conrad’s Heart of Darkness as a critique of 19th century European imperialism, and not surprisingly as a metaphor for the discovery of the “other”. However, it is even more common to forget the racist and eurocentric aspects on Conrad’s aesthetics and narrative structures. Therefore, the work is simplified in spite of this pretentious ‘oblivion”. The intention of this article is to question the book`s position as a novel on the literary canon and expose the contradictions between a seeming capitalism critique and the true denunciation made by the scream “The horror! The horror”.