O sentido de prudência na Ética de Espinosa

Perspectivas

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ISSN: 2448-2390
Editor Chefe: Judikael Castelo Branco
Início Publicação: 01/08/2016
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Filosofia

O sentido de prudência na Ética de Espinosa

Ano: 2021 | Volume: 6 | Número: 1
Autores: A. C. A. Lima
Autor Correspondente: A. C. A. Lima | adrianadilima@gmail.com

Palavras-chave: Espinosa, Prudência, Regra prática, Sabedoria teórica, Vulgo.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este artigo propõe-se a analisar o sentido de prudência na Ética de Espinosa. Será examinado o modo como o filósofo apresenta sua noção de prudência ao comunicar suas ideias tanto ao não filósofo como a um leitor mais apto à compreensão da “verdadeira filosofia”. Espinosa escreve, no Tratado Teológico Político, que, para que seja entendido e ensinar qualquer doutrina ao gênero humano, terá de adaptar seus argumentos à compreensão de todos.  Assim, sua noção de prudência é uma arte de adaptar sua comunicação ao vulgo e menciona a necessidade de demonstrar essa regra prática através da experiência. Contudo, existe um caminho almejado pelo filósofo que busca a conciliação de uma sabedoria teórica que pretende alcançar uma “prudência mais alta”. Este artigo buscará indicar alguns conceitos e considerações presentes na obra de Espinosa em que sua noção de prudência opera e tem suas bases firmadas no campo do conhecimento e da razão, assim como no campo dos afetos e das relações afetivas. A Parte V da Ética considera em seu primeiro axioma o lugar de mudanças que ocorrem em um mesmo sujeito como uma prática inseparável daquilo que Espinosa designa como prudência. Sem a intenção de esgotar a apresentação desse tema no pensamento do filósofo, essa compreensão será o ponto de partida deste trabalho ainda em andamento, para a análise e reflexão da noção e do sentido de prudência espinosana.



Resumo Inglês:

This article aims to analyze the sense of prudence in Espinosa's Ethics. It will be examined how the philosopher presents his notion of prudence when communicating his ideas both to the non-philosopher and to a reader more apt to understand "true philosophy". Espinosa writes in the Political Theological Treaty that, in order to be understood and teach any doctrine to mankind, he will have to adapt his arguments to the understanding of all. Thus, his notion of prudence is an art of adapting his communication to the common and mentions the need to demonstrate this rule of thumb through experience. However, there is a path sought by the philosopher who seeks to reconcile a theoretical wisdom that aims to achieve a “higher prudence”. This article will seek to indicate some concepts and considerations present in Espinosa's work in which his notion of prudence operates and has its bases established in the field of knowledge and reason, as well as in the field of affections and affective relationships. Part V of Ethics considers in its first axiom the place of changes that occur in the same subject as a practice inseparable from what Espinosa designates as prudence. Without the intention of exhausting the presentation of this theme in the philosopher's thought, this understanding will be the starting point of this work still in progress, for the analysis and reflection of the notion and the sense of Spinoza's prudence.