O presente artigo discute as possibilidades de leitura crÃtica do espaço estabelecida
a partir da mediação da contradição capital x trabalho nos termos da expressão
espacial da luta de classes e dos conflitos que são produzidos pela sociedade
produtora de mercadorias (o reino do trabalho abstrato). A partir de tal perspectiva
pensar a respeito da produção do espaço agrário significa considerar as
contradições inerentes à produção da vida material no sistema do capital. O território
emerge como elemento central no processo de compreensão das contradições do
modo de produção capitalista, tendo em vista que a apropriação privada caracteriza
a formação do mesmo, colocando-se como vetor de afirmação da propriedade privada
e do trabalho abstrato concomitantemente, sem tal processo não haveria possibilidade
de reprodução ampliada do capital. O território se põe como mediação na
compreensão da questão agrária – social e do espaço agrário, e a “forma†de
valorização do/no espaço pressupõe que existem limites e possibilidades para a
compreensão e a ação dos movimentos sociais no campo.
The present article discusses the possibilities of critical reading of the space
established starting from the mediation of the contradiction capital x work in the terms
of the space expression of the class warfare and of the conflicts that are produced by
the goods producer society (the kingdom of the abstract work). Starting from such a
perspective, to think regarding the production of the agrarian space means to
consider the contradictions inherent to the production of the material life in the
system of the capital. The territory emerges as central element in the process of
understanding of the contradictions in the way of capitalist production, since the
deprived appropriation characterizes the formation of itself, finding itself as vector of
statement of the private property and of the abstract work concomitantly, without
such a process there would not be possibility of enlarged reproduction of the capital.
The territory works as mediation in the understanding of the agrarian-social subject
and of the agrarian space, and the “form†of valorization of/in the space presupposes
that limits and possibilities exist for the understanding and the action of the social
movements in the field.