O autor busca contribuições das ciências humanas e de autores da saúde para apresentar uma determinada concepção da teoria da ação, que entende como fundamental para a compreensão não idealizada da micropolÃtica em saúde, e seus desdobramentos para o processo de gestão. Constrói o conceito de "trabalhador moral", como correlato da visão do "homem funcional", alertando para o risco de atores em situação de governo ou em algum processo de "intervenção" organizacional, engajados no processo de construção do SUS, assumirem uma visão objetivante e instrumentalizadora dos trabalhadores de saúde, subestimando seu protagonismo e sua força instituinte, produtora de sentidos que, nem sempre, são os desejados pelos dirigentes, por mais justos e necessários que sejam.
The author searches for contributions from the fields of Humanities and Health to present a certain action theory concept, which is perceived as being essential for an unidealized understanding of health micropolitics and its outcome for the management process. He builts the concept of "moral worker" as a correlate asset concerned with the view of the "functional human being" to call one's attention for the risk taken by actors found either in the governmental situation or in any organization "interventionary" process, and engaged in the building process of the Brazilian National Health Service (SUS), of taking up an objectivistic and instrumental view of health workers, underestimating their protagonism and their institutive power, which is capable of producing senses that not always are the ones required by the leaders, regardless of their fairness and indispensability.
El autor busca contribuciones de las Ciencias Humanas y de autores de la salud para presentar una determinada concepción de la teorÃa de la acción, que considera fundamental para la comprensión no idealizada de la micro polÃtica en salud y sus implicaciones para el proceso de gestión. Construye el concepto de "trabajador moral" relacionándolo con el de la visión del "hombre funcional", llamando la atención respecto al riesgo de que los actores en situación de gobierno o en algún proceso de "intervención" organizacional, como el proceso de construcción del Sistema Único de Salud (SUS), asuman una visión objetivada e instrumentalizada de los trabajadores de la salud, subestimando su protagonismo y su fuerza instituyente, productora de sentidos que no coinciden siempre con los deseados por los dirigentes, por más justos y necesarios que estos sean.