Argumento que o que convencionalmente tem se chamado nova política, não passa de uma re-atulização do autoritarismo brasileiro (SCHAWRCZ, 2019), o que não significa que não tenha suas idiossincrasias, nem que não represente perigos inéditos a experiência democrática. Tão pouco o papel desempenhado pelas elites jurídicas na desdemocratização (BROWN, 2015, 2019) da esfera pública nacional é novo. Pretendo demonstrar a partir de um estudo de caso ampliado, centrado em personagens chaves da Operação Lava Jato, como os operadores jurídicos em posição dominante no campo, continuam a ser mediadores e representantes da ordem liberal competitiva (ADORNO, 2019), mesmo ao sacrifício do múnus público de suas funções e sempre sem descuidar de seus interesses corporativistas e particularistas.