O artigo visa, a partir da análise dos métodos estático e genético, compreender a relação entre os dois modelos metodológicos com os quais a fenomenologia husserliana opera. Na medida em que, por um lado, a via estática parte da análise dos objetos constituÃdos em sua forma acabada, os remetendo à fonte legitimadora última da subjetividade transcendental, e, por outro lado, a via genética, efetuando uma questão-em-retorno, desce aos nÃveis últimos da constituição, chegando, no limite, até camadas anteriores a toda atividade egóica; aparece a questão de saber em qual via reside o fundamento efetivamente último da fenomenologia. Apesar do aparente conflito de fundamentos, buscaremos defender a solidariedade metodológica entre os dois fundamentos, empregando a noção husserliana de um “ziguezague†entre as duas direções.