OCUPAR E RESISTIR: A LUTA SECUNDARISTA PELA TRANSFORMAÇÃO DO ESPAÇO ESCOLAR

Revista de Estudos em Educação e Diversidade

Endereço:
Estrada do Bem Querer, km 04 - Campus Universitário
Vitória da Conquista / BA
45083-900
Site: http://periodicos2.uesb.br/index.php/reed/
Telefone: (77) 3261-8663
ISSN: 2675-6889
Editor Chefe: Lúcia Gracia Ferreira Trindade, Rita de Cássia S. N. Ferraz e Roselane Duarte Ferraz
Início Publicação: 01/07/2020
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Ciências Biológicas, Área de Estudo: Ciências da Saúde, Área de Estudo: Ciências Exatas, Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Ciências Sociais Aplicadas, Área de Estudo: Linguística, Letras e Artes, Área de Estudo: Multidisciplinar

OCUPAR E RESISTIR: A LUTA SECUNDARISTA PELA TRANSFORMAÇÃO DO ESPAÇO ESCOLAR

Ano: 2021 | Volume: 2 | Número: 3
Autores: Júlia da Rocha Clasen, Livian Lino Netto e Aline Accorssi
Autor Correspondente: Júlia da Rocha Clasen, Livian Lino Netto e Aline Accorssi | reed@uesb.edu.br

Palavras-chave: Movimento Estudantil Secundarista. Cotidiano.Participação Política.Ocupações Secundaristas.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este trabalho analisou as transformações do espaço escolar a partir das ocupações secundaristas ocorridas no ano de 2016, tendo como referência o Movimento do Instituto Federal Sul-rio-grandense -Campus Pelotas. Para isso, realizou-se uma pesquisa documental por meio da análise de diários e publicações feitas pelos estudantes em uma rede social, a fim de informar a sociedade sobre a organização da ocupação. Neste sentido, compreendemos o movimento de ocupação como questionador e tensionador do cotidiano e dasrelações estruturantes da escola,que possibilitaram uma transformação deste espaço. Os/as jovens demostram, ao organizarem os movimentos de ocupação,uma resposta à ideia de que a juventude é despolitizadae sem capacidade de articulação. Apontamos para as permanências do movimento, uma vez que os sujeitos envolvidos desenvolveram uma consciência de participação política que questiona e mobiliza outras esferas sociais e atores políticos para ações que gerammudanças nas estruturas dominantes da sociedade. Por fim, consideramos relevante a articulação política do movimento na disputa do pensamento social, através de um rompimento com cristalizações do cotidiano da ordem do capital, reproduzido nas instituições formativas do pensamento.



Resumo Inglês:

This paper studied transformations of the school space by the high school students’ occupations that occurred in 2016. The occupations that occurred at the Federal Institute of Rio Grande do Sul -Campus Pelotas is the movement used as a reference for this paper. For this, documentary research was carried out through the analysis of diaries and publications made by students in a social network. Their goal was to inform society about the organization of the occupation. Therefore, we understand the occupation movement as a questioner, stressor of daily life, and of the structural relations of the school that made possible transformations of this space. When organizing the occupation movements, students demonstrated a response to the idea that youth is depoliticized and without the ability to articulate. We point out to continuity of movement, since some of the individuals involved developed an awareness of political participation. They have brought up questions and the ability to mobilize other social spheres and political actors for actions that generate changes in the dominant structures of society. Finally, weconsider the political articulation of the movement to be relevant in the dispute of social thought, through a break with crystallizations of the daily life of the capital order reproduced in the formative institutions of thought.



Resumo Espanhol:

Este trabajo analisó las trasnformaciones del espacio escolar a partir de las ocupaciones secundarias ocorridas en el año de 2016, teniendo como referencia el movimiento deestudiantes del Instituto Federal Sul-rio-grandense –Campus Pelotas, Sur de Brasil. Para ello, se realizó una investigación documental por intermédio de la análisis de los diários y publicaciones echas por los estudiantes en una red social, con la finalidad de informar a la sociedad sobre la organización de la ocupación.En este sentido, entendemos el movimiento de ocupación como un cuestionador y tensor de la vida cotidiana y de las relaciones estructurales de la escuela que hicieron posible una transformación de este espácio. Al organizar los movimientos de ocupación, los jóvenes demuenstran una respuesta a la idea de que la juventud está despolitizada y sin capacidad de articulación. Señalamos la permanência del movimiento, ya que los sujetos involucrados desarrollaron una conciencia de participación política y que cuestiona y moviliza a otros ámbitos sociales y actores políticos para acciones que generen cambios en las estructuras dominantes de la sociedad. Por fin, consideramos relevante la articulación política del movimiento en la disputa del pensamiento social, a través de una ruptura con las cristalizaciones de la cotidianidad en el orden del capital, reproducidas en las instituciones formativas del pensamiento.