ORGANIZAÇÃO E MANUTENÇÃO DE UM BANCO DE DNA, SUSPENSÃO CELULAR E TECIDOS DE PEIXES NEOTROPICAIS NA UFV – CAMPUS DE RIO PARANAÍBA.

Evolução e Conservação da Biodiversidade

Endereço:
Laboratório de Genética Ecológica e Evolutiva, UFV - Campus de Rio Paranaíba, Rodovia BR 354, km 310, Cx Postal 22
/ MG
38810-000
Site: http://www.simposiodabiodiversidade.com.br/ecb
Telefone: (34)3855-9023
ISSN: 22363866
Editor Chefe: Rubens Pazza
Início Publicação: 30/04/2010
Periodicidade: Anual
Área de Estudo: Biologia geral

ORGANIZAÇÃO E MANUTENÇÃO DE UM BANCO DE DNA, SUSPENSÃO CELULAR E TECIDOS DE PEIXES NEOTROPICAIS NA UFV – CAMPUS DE RIO PARANAÍBA.

Ano: 2010 | Volume: 1 | Número: 1

Palavras-chave: biodiversidade, banco de DNA, conservação

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

A palavra Biodiversidade pode ser entendida resumidamente como a diversidade de organismos
vivos presentes no planeta. Essa diversidade sempre foi alvo de estudos de cientistas, mas
atualmente, desperta o interesse de milhares de pessoas. O principal fator de perda da
biodiversidade é a destruição dos habitat naturais pelo homem, evidenciada pelo diagnóstico
das regiões mais ricas e ameaçadas do mundo, os hotspots. A preocupação, então, está
relacionada com as possíveis formas de conservação desses ecossistemas. Há duas opções de
conservação: a in situ que conserva o organismo em seu habitat natural; e a ex situ que o
conserva em um habitat diferente do seu natural, diferente de sua origem. O desenvolvimento
de técnicas da biologia molecular auxilia a criação e manutenção de Bancos de DNA, formas de
conservação ex situ e que são reservatórios de informações genéticas. Seu objetivo é preservar
genomas artificialmente para permitir aplicações genéticas da conservação, sistemática e
evolução, e para isso, aproveita todo tipo de material biológico para que se tornem possíveis
pesquisas genéticas próprias de cada espécie. Uma grande vantagem dos bancos de DNA é o
número de amostras, pois não depende da coleta de material vivo e podem ser usadas partes
do organismo descartadas por trabalhos para inventários. Porém, há uma limitação: a não
preservação da estrutura celular original, o que impede, talvez, a reconstrução genômica
(clonagem) de espécies em extinção. Foi realizado no Laboratório de Genética Ecológica e
Evolutiva (LAGEVO – UFV/CRP) o levantamento e organização das amostras pertencentes ao
laboratório, das quais 59,25% correspondem à obtenção de tecidos conservados em etanol,
26,62% de suspensões celulares mantidas em um fixador (Metanol 3: Ácido Acético 1) e 14,13%
correspondem a DNAs genômicos conservados em TE, totalizando 2761 amostras. Esses
materiais correspondem, na maioria, a peixes Characiformes e Siluriformes, mas também há
Perciformes no Banco. Todos são decorrentes de diversas pesquisas, inclusive com a
cooperação de outras instituições. Neste banco de informações genéticas constam dados dos
pontos de coleta dos espécimes, inclusive com a marcação por GPS (Global Positioning System).
Apesar de já ser comum em muitos países, a utilização de análises de DNA para preservação da
biodiversidade ainda é uma idéia ousada, mas de grande potencial. O uso de bancos de DNA
garante que não ocorra grande perda de informações gênicas quando comparado com
depreciação por fatores naturais. Essa é uma ferramenta criada pelo homem que possui
aplicação direta na conservação de genomas existentes, visto que com o passar do tempo as
espécies tendem a se modificar, uma vez que a evolução não pára.