Os baobás do fim do mundo: antropologia, educação e poesia

Revista Grifos

Endereço:
Avenida Senador Attilio Francisco Xavier Fontana - 591 - E - Efapi
Chapecó / SC
89809000
Site: https://bell.unochapeco.edu.br/revistas/index.php/grifos/index
Telefone: (49) 8418-0272
ISSN: 2175-0157
Editor Chefe: Juliano Luiz Fossá
Início Publicação: 30/01/2007
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Ciências Sociais Aplicadas, Área de Estudo: Planejamento urbano e regional

Os baobás do fim do mundo: antropologia, educação e poesia

Ano: 2016 | Volume: 25 | Número: 41
Autores: Marília Floôr Kosby
Autor Correspondente: Marília Floôr Kosby | mariliafloor6@gmail.com

Palavras-chave: Etnografias afro-brasileiras. Antropologia. Educação. Poesia.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este estudo visa discutir o processo de criação e recepção de um livro de poemas escritos por uma antropóloga a partir de sua pesquisa junto a terreiras na região de Pelotas/RS, bem como os dilemas e motivações que envolveram tal investimento literário. Seguindo algumas premissas de Tim Ingold, o artigo que se segue problematiza noções como as de “etnografia” e “trabalho de campo”, propondo uma antropologia amparada em uma perspectiva implicada no mundo, na qual a escrita não esteja separada da observação participante. Dessa forma, abre-se espaço para uma experiência antropológica mais pautada pela contemplação e o encantamento, princípios que aproximam as atitudes epistemológicas da poesia e da educação.



Resumo Inglês:

This study aims to discuss the process of creation and reception of a book of poems written by an anthropologist from her research with terreiras (ritual and worship grounds of the Afro-brazilian religions) in the region of Pelotas/RS, as well as the dilemmas and motivations that involved such literary project. Following premises by Tim Ingold, the following article problematizes concepts such as «ethnography» and «field work», proposing an anthropology based on a perspective implicated in the world, in which writing is not separated from participant observation. As such, it opens space for an anthropological experience guided more by contemplation and enchantment, principles that approximate the epistemological attitudes of poetry and education.