O Nordeste do Brasil se constitui como uma região bastante heterogênea no tocante às condições ambientais, abrigando as zonas: litorânea, agreste e sertão, sendo esta última denominada região Semiárida. O contexto do Semiárido nordestino é marcado tipicamente por uma superfície pediplanada, com predomínio das formas suaves onduladas que caracterizam a Depressão Sertaneja. Sobre esta unidade geomorfológica, despontam outras formas de relevo como, Planaltos, Maciços Residuais, Chapadas, dentre outras. Com efeito, qualquer espaço localizado na região semiárida que apresente heterogeneidade no comportamento dos seus elementos físicos constitui-se como uma área de exceção, se diferenciando em relação ao seu entorno ou aos cenários comuns encontrados. Tendo em vista a dinâmica natural evidenciada pelos Brejos de Altitudes, é correto defini-los com caráter excepcional. Neste sentido, o presente trabalho objetiva realizar uma atualização conceitual acerca dos Brejos de Altitude nordestinos, enfatizando as conceituações científicas e os diferentes enfoques de abordagem, além da distribuição ao longo do espaço nordestino, com ênfase para aqueles situados no estado do Rio Grande do Norte. O arcabouço téorico-metodológico para este trabalho, ampara-se em obras clássicas como Vasconcelos Sobrinho (1949; 1971); Lins (1989); Ab’Sáber (1999); Tabarelli e Santos (2004); Sousa e Oliveira (2006); Freire (2007); Rodriguez et al. (2004).