Em virtude das recentes transições globais na gestão da maconha e reconhecendo a premente necessidade de inserir no debate brasileiro reflexões acerca dos variados modelos e estratégias jurídico-políticas postas à prova, objetivando apresentar alternativas à proibição e seus preocupantes impactos, o presente artigo almeja discorrer, respaldado por fontes bibliográficas e documentais, acerca dos seguintes pontos: o conjunto de premissas sociais e o contexto que propiciaram a instauração dos Clubes Sociais de Cannabis (CSCs) na Comunidade Autônoma do País Basco (CAPB); o florescimento da cultura canábica, o associativismo dos consumidores de maconha na mencionada região e os enfrentamentos jurídico-políticos com os quais estas instituições têm se confrontado nos últimos tempos; para concluir, focamos em particularidades atinentes às dinâmicas organizacionais e operacionais destes clubes. Destacamos as políticas de Redução de Danos (RD) e os esforços contínuos dos integrantes destas coletividades na promoção de uma abordagem responsável e consciente no tocante ao consumo de maconha entre a população basca.