A obesidade é considerada uma pandemia global, constituindo um importante problema de Saúde Pública, tanto em nações do primeiro mundo quanto em países em desenvolvimento. Com sua incidência crescente na infância, esse problema torna-se alarmante, ainda mais quando se considera a sua evolução e associações. O aumento da prevalência de obesidade infantil é importante preditor de obesidade na vida adulta e de várias comorbidades. Distúrbios psicossociais, desordens ortopédicas, disfunções respiratórias, esteatohepatite não alcoólica, diabetes mellitus, dislipidemias e hipertensão arterial já são atualmente detectados na infância e adolescência. Com a pesquisa pretende-se verificar a relação da alimentação com o surgimento da obesidade e hipertensão arterial com uma amostra de 29 crianças de 10 a 11 anos de ambos os sexos de uma escola particular do município de Arapongas/PR. A presente pesquisa de campo se classifica como quantitativa e de corte transversal, e para melhor caracterizar a população alvo desta investigação foi realizada avaliação antropométrica onde foi mensurado o peso e a estatura e a aferição da pressão arterial, para que assim possa ser estabelecida a associação dos hábitos alimentares com o peso corporal e o possível surgimento de hipertensão arterial na infância. O presente estudo analisou uma amostra de 29 indivíduos de ambos os sexos, sendo que 69% da amostra correspondem ao sexo feminino e 31% ao sexo masculino. Através do Índice de Massa Corporal (IMC) foi possível verificar o estado nutricional dos mesmos, sendo que em 37,9% da amostra foram classificados com eutrofia, em seguida com risco de sobrepeso/ altura (RSP/A) representaram 31% da amostra e por final 17,2% do total da amostra os indivíduos foram classificados com sobrepeso/altura (SP/A). Foi verificada a pressão arterial da amostra estudada, que 3,4% apresentou pressão de 120/80 mmHg que já é considerada como limítrofe, 3,4% apresentou 150/90 mmHg que é considerado como pressão arterial (PA) acima do limite. Sendo que a maioria da amostra 27,6% apresentou PA de 110/70 mmHg que é considerado normotenso, e uma parcela significativa da amostra de 20,7% apresentou PA de 100/60 mmHg também considerado normotenso. Portanto, foi possível analisar com o presente trabalho que é evidente o crescente aumento de crianças obesas assim podendo levar a doenças crônicas não transmissíveis como a hipertensão arterial. Assim, diante dos resultados obtidos no estudo, pode-se verificar a influência da alimentação sobre a saúde do indivíduo sendo de fundamental importância a nutrição com uma reeducação alimentar com os hábitos de vida mais saudáveis.