Nesse presente artigo serão questionados quais os princípios que Tomás de Aquino, frade medieval, utiliza-se no primeiro capítulo da Suma Contra os Gentios, onde discute qual a função do sábio. Assim é questionado, visto que, por sua brevidade, pode haver diversas conclusões implícitas e pressupostas no capítulo ou que, se explícitas, não são aprofundadas. O artigo, a partir de outras obras do Aquinate, principalmente a Suma Teológica e o Comentário à Metafísica de Aristóteles, além da própria obra Suma Contra os Gentios, e sem recusar o auxílio de comentadores tomistas, colocará em evidência os princípios que estão implícitos, ou aprofundará os explícitos, no capítulo analisado, reconhecendo, assim, quais são eles, concluindo a profundidade do capítulo, apesar de sua brevidade. Dessa forma, contribui-se para uma visão mais detalhada da noção tomista de sábio, que se insere dentro de uma função contemplativa e pedagógica, a partir de uma visão teleológica do mundo.
In this present article, it will be questioned which principles that Thomas Aquinas, a medieval friar, uses in the first chapter of the Summa Contra Gentiles, where it is discussed what is the office of the wise man. It is questioned in this manner, indeed, since, considering the briefness of the chapter, there might be several implicit and presupposed conclusions in it, or, in the case of being explicit conclusions, they lack in depth. The article, based on other works from Aquinas, mainly the Summa Theologiae and the Commentary on the Metaphysics of Aristotle, or based in the Suma Contra Gentiles itself, and without refusing the support from thomist commentators, will put in evidence the implicit principles present on the analysed chapter and will deepen the explicit ones, recognizing in this way which ones are they, and then concluding exposing the profundity of the chapter, despite of its briefness. In this way, there can be a contribution for a more detailed vision of the thomistic notion of the wise man, which inserts itself inside a contemplative and pedagogical office, as from a teleological view of the world.