Pesquisa sobre a avaliação realizada pela CAPES, no Brasil, e a implementação
do “Pacto de Bolonhaâ€, na União Europeia (UE), evidencia que esses dois são
processos que se constituem em paradigmas de mudanças induzidas, aceleradas e
em tempo exÃguo. O desenvolvimento de pesquisa sobre a pós-graduação stricto
sensu no Brasil e em algumas universidades da penÃnsula ibérica coloca em relevo
uma realidade similar, embora com defasagens temporais, dependendo do espaço
onde estão processando-se as mudanças: a relação entre tradição e modernidade.
É neste contexto que o antes, evocando tradição, e o agora, apontando (pós)
modernidade, materializam-se em um tempo em que passado e presente se
defrontam, muitas vezes na perspectiva da anulação de um passado, de uma
tradição como se ipso facto fosse sinônimo de ultrapassado, de algo que tivesse que
ser deixado para trás dado que não é mais operacional ao mercantilismo imperante
no campo educacional. Nesta nova temporalidade, entre o “Modelos CAPES†e o
“Processo de Bolonhaâ€, os intelectuais estão sendo desafiados a preservar um campo
de praxis, onde a dialética entre tradição e modernidade não seja anulada, e eles,
na condição de intelectuais públicos, reduzidos a intelectuais institucionalizados,
cumpridores de funções, sem espaço para o exercÃcio da autonomia. Neste texto,
fruto de revisão para a pesquisa de pós-doutorado, apresento e analiso elementos
básicos, do Estudo Comparado entre Brasil e UE.