Neste artigo, analiso o caso de repressão policial exercida a um ritual que ocupa um papel central na dinâmica de uma tradicional manifestação da cultura popular do Nordeste brasileiro. De modo particular, procuro examinar o paradoxo das ações de controle e ordenamento exercidas por setores do Governo do Estado de Pernambuco em torno das sambadas do maracatu de baque solto, no mesmo período em que o maracatu estava sendo registrado como Patrimônio Imaterial pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan.
In this article, I analyze the police repression to a ritual that plays important role in the dynamics of a traditional popular cultural expression from the Northeast of Brazil. Precisely, I try to examine the paradox of the control and regulation towards the so-called “sambadas” of maracatus de baque solto, at the same time that the maracatu was being registered as Intangible Heritage of Brazil by the National Historical and Artistic Heritage Institute – Iphan.