Como o mundo a nossa volta é percebido em nossa experiência cotidiana? Seria possÃvel compreender a progressiva auto-segregação dos indivÃduos e os receios e temores que acompanham esse movimento por meio da "crescente dos medos" contemporâneos, sob a visão dos moradores das cidades? Até que ponto evitamos enfrentar as várias espécies de medo que pairam sobre nós, nas mais diversas fases de nossa vida na cidade? Esses questionamentos têm sido objetos de estudo de uma gama de intelectuais, da psicologia à s ciências sociais, da história à geografia e orientou nossa pesquisa sobre alguns aspectos da ocupação dos espaços urbanos de MarÃlia/SP, sobretudo, dos processos conflituosos e das conseqüentes ações defensivas (segregadoras) a eles creditados. Nosso intuito foi apreender como as condições socioeconômicas e espaciais, e a lógica auto-defensiva dos indivÃduos estão interligadas, a partir do processo de urbanização e da dinâmica da cidade, que se reflete em suas transformações e contradições.