Perfilamento racial nos tribunais de justiça: as manifestações sobre o enquadramento policial baseado na cor da pele após o RHC 158.580/BA

Revista da Faculdade de Direito da FMP

Endereço:
Rua Coronel Genuíno, 421 - Centro Histórico
Porto Alegre / RS
90010350
Site: https://revistas.fmp.edu.br/index.php/FMP-Revista/index
Telefone: (51) 3027-6565
ISSN: 24484628
Editor Chefe: André Machado Maya
Início Publicação: 18/11/2013
Periodicidade: Semestral

Perfilamento racial nos tribunais de justiça: as manifestações sobre o enquadramento policial baseado na cor da pele após o RHC 158.580/BA

Ano: 2024 | Volume: 19 | Número: 2
Autores: R. L. Sparemberger, R. de M. Falcão, J. M. B. Ferreira
Autor Correspondente: R. L. Sparemberger | rsberguer@gmail.com

Palavras-chave: perfilamento racial; racismo estrutural; sistema de justiça, racial profiling, structural racism, justice system.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O perfilamento racial, ou o enquadro policial baseado na cor da pele, é uma consequência de práticas racistas que levam a autoridades a justificarem a relativização de direitos fundamentais e, especificamente, fundamenta a busca pessoal. Diante desse cenário, essa pesquisa problematiza o modo como os Tribunais de Justiça manuseiam essa tese após o julgamento do Recurso em Habeas Corpus nº 158.580/BA pelo Superior Tribunal de Justiça. Tem como objetivo compreender como o perfilamento racial participa dos acórdãos dos tribunais e os resultados do seu uso. O método de abordagem é o hipotético-dedutivo, pesquisa  quali-quantitativa de análise de decisões judiciais, técnica de pesquisa bibliográfica. Conclui-se que os Tribunais ainda não estão discutindo especificamente o perfilamento racial, porém já vêm utilizando do RHC 158.580/BA a fim de declarar a ilicitude de abordagem pessoais sem fundada suspeita.



Resumo Inglês:

Racial profiling, or police frisk based on color, is a consequence of racist practices that lead authorities to justify the relativization of fundamental rights and, specifically, underpins pat down. In view of this scenario, this research problematizes the way in which the Courts of Justice manage this thesis after the judgment of the Habeas Corpus Appeal No. 158.580/BA by the Superior Court of Justice. It aims to understand how racial profiling participates in court rulings and the results of its use. The approach method is hypothetical-deductive, qualitative-quantitative research for the analysis of judicial decisions, a bibliographical research technique. It is concluded that the Courts are not yet specifically discussing racial profiling, but they have already been using RHC 158.580/BA in order to declare the illegality of personal approaches without well-founded suspicion.