Objetivo: Relatar o caso de uma paciente que desenvolveu pneumonia em organização (PO) com presumida associação ao uso do everolimus. Metodologia: Estudo do tipo relato de caso, tendo os dados sido coletados por meio do prontuário médico e a revisão bibliográfica pesquisada pelo PUBMED. Resultados: O relato de caso é de uma paciente de 66 anos que realizou transplante renal, e após, iniciou o uso do tacrolimus e everolimus. Depois de 1 ano e cinco meses do transplante desenvolveu tosse seca e febre. Então internou-se para investigação, sendo excluídas causas infecciosas e autoimunes. Progrediu com piora clínica, foi entubada e permaneceu em leito de terapia intensiva. Foi realizado biópsia pulmonar com resultado compatível para PO. O quadro clínico foi correlacionado ao uso do everolimus, sendo suspenso e iniciado prednisona, evoluindo com melhora clínica. Conclusão: Os inibidores da mTOR são medicações com forte associação com o desenvolvimento de doenças pulmonares intersticiais. A temporalidade, na literatura, é variável desde o início do everolimus ao surgimento dos primeiros sintomas. Nesse caso, o everolimus foi a droga relacionada ao desenvolvimento da PO, pelo maior número de casos na literatura quando comparado ao tacrolimus, cujas evidências são mais fracas.