Após fazer referência aos princípios que orientam a fase preliminar (inquisitorial) do processo penal na Bélgi-ca, o artigo analisa a evolução das relações entre a Polícia e o Ministério Público (MP). A partir do estudo de um novo modelo, o “gerenciamento policial autônomo”, o foco deslo-ca-se para os problemas de autoridade e direção durante o inquérito preliminar e para as dificuldades relacionais entre os dois parceiros que são a Polícia e o Parquet. Destaca-se igualmente o deslocamento progressivo do centro de gravi-dade do sistema penal em direção à Polícia.