POLÍTICAS DE INCLUSÃO E CURRÍCULO NO CONTEXTO CONTEMPORÂNEO: das sociedades disciplinares às sociedades de controle

Revista Espaço do Currículo

Endereço:
Via Expressa Padre Zé - S/N - Cidade Universitária
João Pessoa / PB
58900-000
Site: https://periodicos.ufpb.br/index.php/rec
Telefone: (83) 3043-3170
ISSN: 1983-1579
Editor Chefe: Maria Zuleide Pereira da Costa
Início Publicação: 29/02/2008
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Educação

POLÍTICAS DE INCLUSÃO E CURRÍCULO NO CONTEXTO CONTEMPORÂNEO: das sociedades disciplinares às sociedades de controle

Ano: 2018 | Volume: 11 | Número: 2
Autores: Terezinha Maria Schuchter; Fábio Luiz Alves de Amorim
Autor Correspondente: Terezinha Maria Schuchter | terezaschuchter@yahoo.com.br

Palavras-chave: Sociedades disciplinares. Sociedades de controle. Inclusão. Currículo.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este ensaio objetiva discutir as transformações próprias das políticas neoliberais, no campo cultural e semântico, pelo fato de instituírem novas formas de ser, de estar e de se relacionar na sociedade. Observa que a efetivação de uma dada realidade se instaura primeiramente na ordem dos discursos, para depois se materializar com efeitos de verdade, produzindo, assim, formas de sujeição. Analisa a passagem das sociedades disciplinares para as sociedades de controle e suas implicações para as políticas curriculares, que têm sido conduzidas no sentido de efetivar um processo de estandardização, e as políticas de inclusão de cunho universalista, que vêm sendo propaladas como uma necessidade, uma questão de direitos humanos. Sinaliza para as políticas de inclusão e para as políticas de currículo como dispositivos biopolíticos a serviço da segurança das populações que, ao se sentirem incluídas nos grupos e nos registros oficiais, se tornam alvos fáceis das ações do Estado. Infere que as implicações dessas políticas para a escola se evidenciam no ajuntamento de muitas existências tristes, tanto de alunos quanto de professores, no monologismo centrado no professor, na produção de várias doenças, nas paixões tristes, na nova tolerância que encobre os fascismos existentes. Com base nessas questões e sob a ótica da transição das sociedades disciplinares para as sociedades de controle, discute as políticas inclusivas e as políticas curriculares como possibilidade de afirmação das singularidades e das diferenças na escola como vida, como acontecimento, como devir, como acaso.



Resumo Inglês:

This article aims at discussing the transformations caused by the neoliberal policies, in the cultural and semantic fields, as they institute new ways to be and connect in society. It observes that the establishment of a reality begins in the discourse field, and then materializes as an effect of truth, producing, then, ways of subordination. It analyzes thepassage from the disciplinary societies to the control societies and its implications to the curricular policies, that have been conducted in the sense of implementing a standardization process and the universalist policies of inclusion, which have been disseminated as a necessity, a matter of human rights. It points to the inclusion policies and the curriculum policies as being “biopolitical mechanisms” working towards the security of populations which, as they feel included in the official groups and records, become easy targets of State action. It infers that the implications of those policies to the schools are evident in the bunch of sad existences, from students to teachers, in the monologue centered at the teachers, in the production of many diseases, in the sad passions, in the new tolerance that hides the existing fascism. On the basis of those questions and under the approach of the transition from the disciplinary societies to the control societies, it discusses the inclusive policies and curricular policies as a way of assuring the singularities and differences at school as life, as occasion, as development, as random.



Resumo Espanhol:

Este ensayo tiene como objetivo discutir las transformaciones propias de las políticas neoliberales, en el campo cultural y semántico, debido al hecho de que instituyen nuevas formas de ser, de ser y de relacionarse en la sociedad. Él observa que la realización de una realidad dada se establece primero en el orden de los discursos, luego se materializa con efectos de verdad, produciendo así formas de sujeción. Analiza la transición de las sociedades disciplinarias a las sociedades de control y sus implicaciones para las políticas curriculares, que se han llevado a cabo para llevar a cabo un proceso de estandarización, y las políticas de inclusión de carácter universalista, que se han propagado como una necesidad, una necesidad. Cuestión de derechos humanos. Señala las políticas de inclusión y las políticas curriculares como dispositivos biopolíticos al servicio de la seguridad de las poblaciones que, cuando se sienten incluidas en grupos y en registros oficiales, se convierten en objetivos fáciles para las acciones del Estado. Se deduce que las implicaciones de estas políticas para la escuela son evidentes en la reunión de muchas existencias tristes, tanto de estudiantes como de maestros, en el monologismo centrado en el maestro, en la producción de diversas enfermedades, en las tristes pasiones, en la nueva tolerancia que cubre los fascismos existentes. Basado en estos temas y desde la perspectiva de la transición de sociedades disciplinarias a sociedades de control, discute políticas inclusivas y políticas curriculares como una posibilidad de afirmar las singularidades y diferencias en la escuela como vida, como evento, como devenir, como oportunidad.