O artigo descreve iniciativas culturais organizadas e mantidas por grupos sociais locais contemplados, por meio de editais, com recursos públicos do Programa Cultura Viva, do Ministério da Cultura. A descrição é permeada por uma análise a respeito dos pressupostos teóricos que fundamentaram o Programa, bem como das caracterÃsticas que garantiram a sobrevivência das iniciativas populares financiadas. Partindo da análise empÃrica de casos, o autor argumenta que iniciativas culturais autônomas – oriundas de demandas comunitárias – e que apostam no protagonismo social das pessoas envolvidas têm maiores chances de êxito, cabendo ao poder público potencializá-las de modo a promover o empoderamento dos sujeitos sociais. Conclui que as experiências dos Pontos de Cultura oferecem novos matizes para a aproximação entre estética, ética e economia.