Este artigo é fruto de uma preocupação teórico-metodológica no campo dos estudos
biográficos e de micro-história. Tem por objetivo enfrentar, ainda que de forma
ensaÃstica, o problema formulado por Peter Burke: Qual é a utilidade da teoria social
para os historiadores e qual a utilidade da história para os teóricos sociais? Nossa
proposta é de incorporar a teoria do agir comunicativo (Jürgen Habermas) em nossos
procedimentos historiográficos. Seria a introdução do modelo da comunicação em
linguagem coloquial (da fala e da interação). Queremos apresentar a possibilidade deste
modelo em estudos de micro-história e procurando, assim, atender ao desejo dos microhistoriadores
da necessidade de recuperar a complexidade das análises e da renúncia à s
leituras esquemáticas e gerais, para realmente compreender como se originam
comportamentos, escolhas, solidariedades.
This article is based on a theoretical and methodological concerns in biographical
studies and micro-history. Albeit in essay form, aims to address the problem posed by
Peter Burke: What is the use of social theory for historians and what is the use of history
for social theorists? Our proposal is to incorporate the theory of communicative action
(Jürgen Habermas) procedures in our historiography. The introduction of the model of
communication in colloquial language (speech and interaction.) We want to introduce
the possibility of this model in studies of micro-history and thus meet the microhistorians
wishes: to recover the complexity of the analysis and the waiver of schematic
and general reading, to really understand how stem behaviors, choices and solidarities.