POTENCIAL FARMACOLÓGICO DA RESINA OLEAGINOSA DE COPAÍBA (Copaifera langsdorffii Desf.)

Intellectus Revista Acadêmica Digital

Endereço:
Rod. Gov. Adhemar Pereira de Barros - Tanquinho Velho
Jaguariúna / SP
Site: http://revistaintellectus.com.br/Inicio.aspx
Telefone: (19) 3837-8500
ISSN: 16798902
Editor Chefe: Prof.ª Dr.ª Ana Maria Girotti Sperandio
Início Publicação: 20/10/2014
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Multidisciplinar

POTENCIAL FARMACOLÓGICO DA RESINA OLEAGINOSA DE COPAÍBA (Copaifera langsdorffii Desf.)

Ano: 2016 | Volume: 33 | Número: Especial
Autores: Patriani, T.Y. Capellari Jr., L. Gaspi, F.O.G
Autor Correspondente: Patriani, T.Y. | resumofitoterapia@gmail.com

Palavras-chave: Copaíba, Resina Oleaginosa, Planta Medicinal

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Popularmente denominada copaíba, Copaifera langsdorffii é uma espécie caracterizada por grandes árvores nativas, da família Fabaceae (= Leguminosae), que começou a ter seu uso em difusão no século XVI, quando os colonizadores europeus chegaram ao Brasil e aqui a encontraram. Porém a copaíba já era conhecida e utilizada há séculos por povos indígenas devido ao seu potencial farmacológico, mesmo sem o conhecimento efetivo das propriedades químicas que a caracterizam como uma planta medicinal. As análises relacionadas à composição química da resina oleaginosa da copaíba a fim de testar a eficiência dos empregos revelados pela medicina popular foram viabilizadas pelo avanço das ciências e, consequentemente, dos métodos científicos e das análises laboratoriais. Pesquisas recentes realizadas com essa resina indicam alta quantidade de compostos sesquiterpenos em sua parte volátil, em destaque o beta-cariofileno (50-52 %) e em sua fração fixa (resina), predominam ácidos diterpênicos, em destaque o copálico. Pesquisas como essa, relacionadas aos compostos químicos que conferem à espécie características de planta medicinal, revelam grande potencial antimicrobiano, anticancerígeno, anti-inflamatório, antisséptico, analgésico, antioxidante, cicatrizante e antiblenorrágico. Outras aplicações são difundidas, porém sem fortes indícios de eficiência. O presente projeto tem como objetivos realizar estudos farmacológicos, botânicos, ecológicos e sociais relacionados a Copaifera langsdorffii e sua resina (“óleo-de-copaíba”) utilizando, para tanto, os conhecimentos transmitidos por gerações entre os povos nativos junto aos avanços científicos relacionados à fitoterapia. Em paralelo a isso o trabalho busca fomentar o debate sobre o uso compulsivo de medicamentos químicos desenvolvidos em laboratórios das indústrias farmacêuticas no tratamento de enfermidades quando estas podem ser prevenidas, atenuadas ou tratadas com plantas medicinais nativas como a espécie aqui estudada. Para as análises desse projeto as amostras foram coletadas em indivíduos de um remanescente de Floresta Atlântica, no município de Santa Bárbara d’Oeste/SP, às margens do Rio Piracicaba, cujo proprietário da área, de ascendência indígena (Sr. Rosivaldo Pereira dos Santos) faz usos terapêuticos diversos dessa resina oleaginosa.