A prática da psicologia em uma unidade penal: experiência de um estágio

Revista Terra & Cultura

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ISSN: 0104-8112
Editor Chefe: Leandro Henrique Magalhães
Início Publicação: 01/09/1981
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Multidisciplinar

A prática da psicologia em uma unidade penal: experiência de um estágio

Ano: 2013 | Volume: 29 | Número: 57
Autores: Natalia Zanuto de Oliveira de Oliveira, Renata Saravy de Carvalho, Silvia do Carmo Patarelli
Autor Correspondente: Renata Saravy de Carvalho | renatasaravy@hotmail.com

Palavras-chave: Psicologia jurídica; Unidade penal; Estágio extracurricular e adicção.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O presente trabalho tem como objetivo apresentar a vivência prática de estudantes de Psicologia em um estágio extracurricular realizado na PEL (Penitenciaria Estadual de Londrina). Essa instituição é uma unidade penal localizada na cidade de Londrina - Paraná e sua população é formada por internos do sexo masculino. Pretende-se neste artigo, expor também, o histórico da instituição, a qual foi fundada em 1994 e tinha como proposta inicial a reclusão de internos condenados. Porém há quatro anos alojam-se presos provisórios que aguardam seu julgamento. A unidade é dividida em setores, para melhor operacionalização do trabalho e alguns destes são: o Setor Jurídico, Setor da Psicologia, Serviço Social, Segurança, entre outros. A unidade na época, contava com o trabalho de duas psicólogas e estagiárias de graduação do curso de Psicologia do Centro Universitário Filadélfia. Alguns dos trabalhos desenvolvidos por nós no setor embargam a entrevista inicial, o atendimento de apoio, o acompanhamento psicológico, e o grupo de apoio e orientação na dependência química. Pelo viés psicanalítico o trabalho é conduzido no sentido da expressão da subjetividade, diante do espaço ofertado para a escuta e o acompanhamento psicológico. A relação que o indivíduo tem com a adicção é notável, considerando o elevado índice de internos usuários de substância química, e a ocorrência de delitos em função de tal relação. Propomos também, apresentar o conceito de adicção, e a necessidade do individuo de lançar mão de objetos externos para se expressar enquanto sujeito. Segundo Marta Conte (1995), de acordo com a realidade do individuo que faz uso da droga, ele a escolhe com o objetivo de estar num lugar de exceção. Ela é encontrada num ambiente de criminalidade, pois se sabe que as mais procuradas são de ordem ilícita, e dessa forma, a criminalidade é o meio escolhido para adquiri-la.