Este artigo tem por objetivo discutir os processos de normalização e de gestão sociomédica da morte nas sociedades contemporâneas, a partir da análise das transformações nas apreensões sociais da morte, ocorridas no curso dos anos de 1960-1970, e das práticas de assistência dos cuidados paliativos como um modelo de gestão do fim da vida. Com base na noção de normalização das condutas de Michel Foucault, realizamos uma análise crÃtica da concepção de "boa morte" como um dos principais dispositivos que visam à regulação desta nova prática médica. Por fim, esboçamos algumas concepções de cuidado que têm como referência "modos de subjetivação" singulares, pautadas nas relações alteritárias, as quais permitem a criação de um espaço potencial para o viver e morrer.
This paper aimed to discuss the processes of normalization and sociomedical management of death in contemporary societies, from analysis on the transformations in social perceptions of death that occurred in between 1960 and 1970, and on palliative care practices as a model for managing the end of life. From Michel Foucault's notion of normalization of conduct, we made a critical analysis on the concept of "good death" as one of the main mechanisms aimed at regulating this new medical practice. Finally, we outlined some care concepts for which singular "modes of subjectivation" are the reference points, founded on relationships based on alterity that enable the creation of a potential space in which to live and die.
Este artÃculo tiene el objetivo de discutir los procesos de normalización y de gestión socio-médica de la muerte en las sociedades contemporáneas a partir del análisis de las transformaciones en las aprehensiones sociales de la muerte ocurridas en el curso de los años 1960 a 1970 y de las prácticas de asistencia de los cuidados paliativos como un modelo de gestión del fin de la vida. A partir de la noción de normalización de las conductas de Michel Foucault realizamos un análisis crÃtico del concepto de "buena muerte" como uno de los principales dispositivos que visan la regulación de esta nueva práctica médica. Por fin esbozamos algunas concepciones de cuidado que tienen como referencia "modos de subjetividad" singulares, pautadas en las relaciones de alteridad que permiten la creación de un espacio potencial para el vivir y el morir.