Apesar de despontarem envolvidos por uma aura de ineditismo, frequentemente projetos artísticos contemporâneos chamam a atenção não pelo nível de inovação que se pode atribuir às suas qualidades expressivas e performativas, mas, por outro lado, por recuperarem e darem nova roupagem a propostas estéticas amplamente exploradas por movimentos de vanguarda do passado. Com base nesta premissa e tendo como ponto de partida a observação de projetos de arte e tecnologia que empregam em seu processo produtivo o uso de meios locativos digitais, propomos neste texto debater a atualidade das técnicas de détournement e deriva desenvolvidas e praticadas pelos integrantes do movimento de vanguarda Internacional Situacionista, que atuou principalmente na Europa entre as décadas de 50 e 60.
