As salinas têm sido utilizadas pelo homem há milênios, sendo compostas por uma série de tanques rasos e interconectados, nos quais a água do mar/estuário é captada e transferida de um tanque para outro por gravidade ou por bombeamento, onde a produção do sal se dá a partir da saturação e precipitação dos sais por evaporação solar. Objetivou-se identificar e descrever o processo de deposição e formação de sais em ambientes evaporíticos artificiais (salinas solares) do Brasil. Verificou-se que a precipitação de sais nas salinas incluiu os compostos menos solúveis na base para o mais solúvel na parte superior da sequência, na seguinte ordem: carbonatos (CaCO3), gipsita (CaSO42H2O), halita (NaCl), sais de potássio - silvinita (sistema NaCl-KCl), e magnésio - biscofita (MgCl2.6H2O). Os carbonatos precipitam-se em salinidades em torno de 50 a 80gL-1, seguidos dos sulfatos, que precipitam-se gradativamente ao longo dos evaporadores da salina, até atingir seu máximo de precipitação entre 150 e 160gL-1. As maiores quantidades de cristais de halita são formadas quando a concentração total da salinidade atingiu um valor acima de 240gL-1. A variação e sequência de deposição evaporítica nas salinas apresentam limites diferentes de dissolução no ambiente, vindo a precipitar-se quando atingem saturações máximas.