Prisômetro e o populismo punitivo

Boletim IBCCRIM

Endereço:
Rua Onze de Agosto - Centro -
São Paulo / SP
01018-010
Site: https://publicacoes.ibccrim.org.br/index.php/boletim_1993/index
Telefone: (11) 3111-1040
ISSN: 2965-937X
Editor Chefe: Ana Cristina Gomes e Daiane Kassada
Início Publicação: 01/01/1993
Periodicidade: Mensal
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Ciência política, Área de Estudo: Filosofia, Área de Estudo: Psicologia, Área de Estudo: Sociologia, Área de Estudo: Ciências Sociais Aplicadas, Área de Estudo: Direito, Área de Estudo: Multidisciplinar, Área de Estudo: Multidisciplinar

Prisômetro e o populismo punitivo

Ano: 2025 | Volume: 33 | Número: 389
Autores: IBCCRIM
Autor Correspondente: IBCCRIM | revista@ibccrim.org.br

Palavras-chave: Prisômetro, Populismo punitivo, Reconhecimento facial, Segurança pública, Políticas inclusivas

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

A instalação do “Prisômetro” pela Prefeitura de São Paulo, que exibe em tempo real o número de prisões via o sistema Smart Sampa, reflete uma política de segurança baseada no populismo punitivo e no espetáculo da repressão. O presente texto critica o uso dessa ferramenta, já que sem transparência ou controle social o aparato legitima uma lógica, repressiva e preconceituosa. Defende-se, em contraponto, a adoção de políticas públicas inclusivas e preventivas, como o uso de políticas de segurança integradas, a urbanização de áreas marginalizadas, o incentivo à cultura e ao esporte e a promoção da justiça restaurativa. A segurança deve ser medida por indicadores de dignidade e justiça social, e não pela quantidade de prisões.



Resumo Inglês:

The installation of the "Prisômetro" by São Paulo, which displays in real-time the number of arrests through the Smart Sampa system, reflects a security policy based on punitive populism and the spectacle of repression. This text criticizes the use of this tool, as without transparency or social oversight, it legitimizes a repressive and prejudiced logic. In contrast, it advocates for the adoption of inclusive and preventive public policies, such as integrated security strategies, the urbanization of marginalized areas, the promotion of culture and sports, and the implementation of restorative justice. Security should be measured by indicators of dignity and social justice, not by the number of arrests.