Este artigo é parte de um trabalho dissertativo e tem como objetivo refletir sobre a produção do espaço urbano no capitalismo contemporâneo, evidenciando a relação com as formas e processos de diferenciação, desigualdade e fragmentação socioespaciais, segregação e autossegregação. Trata-se de uma reflexão teórica. Sendo assim, ao longo do texto destacam-se alguns pontos para discussão sobre o processo de produção do espaço urbano, tendo como ponto de partida a diferenciação e a desigualdade socioespaciais que podem se apronfundar em outros processos que são revelados nas formas e conteúdos das cidades e são engendrados por agentes públicos e privados no afã de atender as necessidades do capital. Além disso, buscou-se referencial que abordasse como esses processos podem ser apreendidos em diferentes níveis e escalas. Depreende-se que a produção da cidade é feita, pensada e planejada desigualmente. A materialidade dessa cidade, suas formas e estruturas, expressa tal desigualdade e condiciona em algum nível práticas espaciais. Logo, o produto faz-se tão desigual quanto a sociedade que o concebe.
This paper aims to reflect on the production of urban space in contemporary capitalism, highlighting the relationship about forms and processes of differentiation, inequality and socio-spatial fragmentation, segregation and self-segregation. This is a theoretical reflection. Thus, throughout the text, some points for discussion about the process of production of urban space are highlighted, starting from the sociospatial differentiation and inequality that can be deepened in other processes that are revealed in the forms and contents of cities and are engendered by public and private agents in an effort to attend the needs of capital. In addition, it was sought t o refer to how these processes can be apprehended at different levels and scales. It appears that the production of the city is made, designed and planned unevenly. The materiality of this city, its forms and structures, expresses such inequality and conditions at some spatial practices level. Therefore, the product becomes as unequal as the society that conceives it.