O presente estudo teve como objetivo avaliar o crescimento e a produtividade de cultivares de mandioca sob déficit hídrico. O experimento foi conduzido no campo experimental da Universidade Estadual de Goiás, Câmpus Ipameri. A área experimental possui Latossolo vermelho-amarelo. O experimento foi montado seguindo o delineamento em blocos casualizados, em arranjo fatorial 4x2, utilizando quatro cultivares de mandioca (BRS 396, BRS 397, BRS 398, BRS 399) desenvolvidos pela Embrapa Cerrados e dois suprimentos hídricos: plantas sob déficit hídrico e plantas diariamente irrigadas com volume de água correspondente a evapotranspiração diária, cinco repetições e parcela experimental de quatro plantas úteis. O plantio foi realizado adotando-se o espaçamento de 1 m entre linhas e 1 m entre plantas. As variáveis de crescimento e fisiológicas: altura de planta, diâmetro do caule, teor relativo de água e pigmentos fotossintéticos foram analisadas aos oito meses de idade e a produtividade mensurada aos dez meses após o plantio. Os resultados demonstram às diferenças entre os materiais com formação de dois grupos distintos: grupo I formado por BRS 399 e BRS 398 com maiores produtividades e grupo II com BRS 396 e BRS 397. Todas as cultivares apresentaram reduções na produtividade sob déficit hídrico, mas com ausência de diferença estatística entre materiais. As cultivares apresentaram-se semelhantes quanto ao crescimento vegetativo e concentração foliar de pigmentos fotossintéticos, principalmente sob irrigação diária. O curto tempo do plantio à colheita (nove meses) não foi suficiente para diferenciar as cultivares quanto ao crescimento vegetativo e concentração foliar de clorofilas. As cultivares de Manihot esculenta não diferem em crescimento e produtividade sob déficit hídrico e apresentam como estratégia de tolerância a seca o retardo da desidratação. As cultivares BRS 398 e BRS 399 apresentam-se mais produtivas em relação a BRS 396 e BRS 397 sob suprimento hídrico adequado.